Passaporte falso criado através de IA causa preocupação

Um utilizador da rede social LinkedIn demonstrou como um passaporte falsificado, gerado através de uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) de acesso generalizada passou com sucesso por um processo de verificação de identidade digital. A experiência está a gerar preocupação e um debate sério na comunidade de cibersegurança, já que lança dúvidas substanciais sobre a fiabilidade dos protocolos tradicionais.
Borys Musielak criou o passaporte falsificado em poucos minutos e partilhou o resultado no seu perfil de LinkedIn. O documento gerado tem característica altamente realistas e, dizem alguns, denuncia como os sistemas de verificação de identidade estão vulneráveis a ataques gerados por IA generativa.
Habitualmente, as falsificações geradas por IA são facilmente detetadas devido a inconsistências de formatação, baixa fidelidade tipográfica ou erros na zona legível por máquina. No entanto, a falsificação de Musielak parecia quase indistinguível de um passaporte legítimo. E embora provavelmente não resistisse a uma análise – por ausência de um chip - provou ser suficiente para contornar os procedimentos “Know Your Client” (KYC) mais básicos.
Assim, as plataformas que dependem exclusivamente de envios de documentos de identidade com fotografia e selfies de utilizadores, podem estar especialmente vulneráveis a ataques através da tecnologia “deepfake”.
De qualquer forma, poucas horas após a publicação inicial de Musielak, as tentativas de replicar a experiência falharam. A ferramenta de IA utilizada recusou-se a gerar um passaporte falso, alegando protocolos de segurança e restrições à criação de documentos falsificados.


