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Luís António Trindade Nunes das Neves, foi reconduzido no cargo de Diretor Nacional da Polícia Judiciária, para um novo mandato de três anos. Com o posto de Coordenador Superior de Investigação Criminal da PJ, Luís Neves, licenciado em Direito, ingressou naquela instituição em 1995, tendo sempre estado ligado à investigação criminal, no âmbito do crime violento e organizado, terrorismo e todas as formas de extremismo violento, rapto, sequestro, tomada de reféns, assalto à mão armada, tráfico de armas, tráfico de seres humanos, crimes com recurso a explosivos e crimes contra órgãos de soberania.

O superintendente-chefe Luís Miguel Ribeiro Carrilho é, desde Maio de 2024, o novo Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública. Licenciado em Ciências Policiais, com uma pós-graduação em Ciência Política e Relações Internacionais, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, ingressou na instituição em 1986, tendo sido comandante da Unidade Especial de Polícia da PSP, Chefe do Serviço de Segurança da Presidência da República, Conselheiro de Polícia das Nações Unidas (UNPOL) e Diretor da Divisão de Polícia no Departamento de Operações de Paz da ONU. Serviu ainda como Comandante da Polícia das Nações Unidas em três missões de paz, na República Centro Africana, no Haiti e em Timor Leste.

O Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Jorge Nobre de Sousa, recebeu no passado dia 21 de Abril o Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, Almirante de Esquadra Carlos Chagas. Uma visita oficial que veio reforçar os estreitos laços que unem os corpos de fuzileiros dos dois países, uma longa relação de cooperação e troca de conhecimento e experiências entre Portugal e o Brasil.

Com o intuito de assegurar, cada vez mais, uma base de credibilidade e de reconhecimento público do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Observatório de Segurança e Criminalidade Organizada e Terrorismo , a nova Direção propôs uma série de metas a cumprir, que a longo prazo irão consolidar a importância fundamental do OSCOT aos olhos da sociedade. O seu contributo justificaria, desde já, que lhe fosse atribuído um estatuto de utilidade pública, tendo em consideração o mérito e o prestígio individual dos seus associados, que tanto têm feito pela promoção da Segurança em Portugal. Antes de mais, obter este estatuto seria o primeiro objetivo que, de algum modo, iria não só consolidar a imagem de referência do Observatório a nível nacional, facilitando a assinatura de protocolos com instituições de natureza pública ou privada, como também poderia ajudar a abrir caminho em direção ao estrangeiro, dinamizando o intercâmbio a nível internacional, sobretudo com entidades em países de língua portuguesa. Sendo assim, requerer o estatuto de observador junto da CPLP torna-se igualmente uma das metas a alcançar proximamente. Como é habitual, prossegue-se com os eventos que costumam decorrer com uma certa periodicidade, os debates temáticos e as conferências, as ações de formação e as intervenções pedagógicas nos diversos espaços de comunicação social conforme forem pertinentes. A seu tempo, os referidos eventos serão comunicados nas redes sociais da OSCOT. À frente do Conselho Diretivo, neste novo mandato, está o Presidente Coronel Francisco José Martins Rodrigues, acompanhado pela 1ª Vice-Presidente, Prof. Dra. Dalila Araújo, 2º Vice-Presidente, Prof. Dr. André Inácio e 3º Vice-Presidente, Mestre Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes. Enquanto Secretário-Executivo, temos o Dr. Zeferino Augusto Lourenço Boal, como Tesoureiro temos o Dr. José António Alvoeiro Cardoso e tomam posse 4 vogais, nomeadamente Mestre Rute Alexandra de Carvalho Frazão Serra, Dra. Dulce Silva da Fonseca Botelho, Mestre António Freitas e Dr. Mário Tavares da Silva. Na cerimónia de tomada de posse, que decorreu em Novembro de 2024, o antigo Presidente Prof. Doutor Jorge Bacelar Gouveia, ao passar o testemunho, felicitou os novos membros do Conselho Diretivo e assumiu agora a função de Presidente da Mesa da Assembleia Geral, auxiliado pelo Vice-presidente, Dr. Duarte Caldeira e da Secretária, Dra. Inês Alves. A nova Direção considera que a consolidação do Observatório passa por se estabelecer uma Sede, assunto que será discutido, muito em breve, entre os membros e os associados. E como não poderia deixar de ser, mantém-se o firme propósito de se captarem novos associados que possam enriquecer ainda mais o quadro de participantes no OSCOT.

Foi com grande entusiasmo que o Dr. Luís Neves, atual Diretor Nacional da PJ, recebeu os jovens investigadores na cerimónia de posse, esta terça-feira, dia 22 de Abril de 2025. Serão 113 novos inspetores a integrar as diversas unidades, selecionados em conformidade com 46º Curso de Formação de Inspetores. Segundo informação da Direção Nacional, esta rigorosa seleção implicou a passagem por seis provas eliminatórias, de maneira a serem apurados os melhores candidatos. O resultado, garantem, aponta no sentido de se renovar a PJ apostando numa maior diversidade de currículos académicos e diferentes experiências profissionais que pode facultar as unidadades de investigação com pessoas de proveniências diversas (pelo menos, 50 licenciaturas diferentes) que contribuem para um leque de competências, da parte dos jovens, mais abrangente. Muitos inspetores já trazem consigo, como acréscimo, o facto de terem pertencido anteriormente à PSP e à GNR. É de notar igualmente um maior número de mulheres, o que efetivamente é um sinal dos tempos. Na liderença da PJ desde 2018, o Dr. Luís Neves está já no seu terceiro mandato e tem acompanhado este processo de renovação de pessoal nos últimos anos. Quando assumiu funções, a instituição apresentava 968 investigadores, tendo atualmente aumentado para mais de 2.000. Defende que, entre as demais preocupações, o combate à corrupção e à criminalidade económico-financeira tem tido máxima prioridade, bem patente no investimento que a Polícia Judiciária tem feito nesta área. A Sra. Ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, esteve presente na sede da PJ em Lisboa e, no seu discurso, teve o cuidado de frisar a importância da Polícia Judiciária e que, nas suas palavras, “Uma investigação criminal competente é um contributo precioso da Justiça à comunidade. Uma investigação criminal independente é uma conquista da Democracia” . Sem esquecer de elogiar o Diretor do Instituto de Polícia Judiciária e Ciências Criminais, Dr. Orlando Mascarenhas e os seus respetivos colaboradores diretos, recolheceu-lhes o seu mérito na formação dos novos inspetores, bem como o trabalho desenvolvido, ao longo de vários anos, sempre com dedicação à PJ.

O secretário-geral do Sistema de Informações da República (SIRP), Vítor Sereno, defende que o modelo atual “é robusto e adequado”, mas pede a valorização dos recursos humanos, tecnológicos e de infraestruturas. “É essencial que este sistema continue a evoluir, adaptando-se às novas exigências globais e reforçando a sua capacidade de resposta”, advoga, apontando três áreas prioritárias. A primeira é a valorização dos recursos humanos. “Devemos investir no recrutamento de novos talentos, assegurando que o sistema renova a sua capacidade crítica e técnica para enfrentar desafios cada vez mais sofisticados”, diz Vítor Sereno. Apela a que se prossiga com a modernização tecnológica, que considera “fundamental para lidar com a complexidade crescente das ameaças”, e, quanto às infraestruturas, frisa: “Devemos continuar a dar atenção às necessidades físicas do sistema, pelo que prosseguiremos o projeto de realização do espaço anexo ao forte Dom Carlos I, criando condições que fortaleçam a sua operacionalidade e a sua eficiência”. Vítor Sereno classifica o sistema de informações como “um pilar fundamental da segurança nacional” e a base “sobre a qual se garante a estabilidade das instituições e a segurança dos cidadãos”. “Contudo, é também fundamental que o sistema se aproxime da sociedade, fortalecendo o entendimento e a confiança mútua. Este diálogo com as organizações da sociedade civil é promissor e deve ser aprofundado dentro dos parâmetros que a natureza do nosso trabalho impõe”, defende.

Cerca de 29 mil infrações rodoviárias foram detetadas durante a campanha “Cinto-me Vivo”. A iniciativa envolveu a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a GNR e a PSP, decorreu entre 1 e 7 de abril, com o objetivo de alertar para a importância do uso correto de meios como cintos e cadeirinhas para crianças. No mesmo período foram registados 2744 acidentes, de que resultaram 10 vítimas mortais, 50 feridos graves e 736 ligeiros. Foram ainda fiscalizados 7.622.506 veículos, contabilizadas 29.288 infrações rodoviárias, 806 das quais relativas à não utilização ou utilização incorreta dos dispositivos de segurança. Destas, 789 registaram-se no continente e 17 nas regiões autónomas. A campanha “Cinto-me Vivo”, que incluiu ações de sensibilização da ANSR e operações de fiscalização da GNR e PSP, foi a quarta das 11 planeadas no âmbito do Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2025. Os temas das campanhas de sensibilização e de fiscalização são: velocidade, álcool, acessórios de segurança, telemóvel e veículos de duas rodas a motor.

Um utilizador da rede social LinkedIn demonstrou como um passaporte falsificado, gerado através de uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) de acesso generalizada passou com sucesso por um processo de verificação de identidade digital. A experiência está a gerar preocupação e um debate sério na comunidade de cibersegurança, já que lança dúvidas substanciais sobre a fiabilidade dos protocolos tradicionais. Borys Musielak criou o passaporte falsificado em poucos minutos e partilhou o resultado no seu perfil de LinkedIn. O documento gerado tem característica altamente realistas e, dizem alguns, denuncia como os sistemas de verificação de identidade estão vulneráveis a ataques gerados por IA generativa. Habitualmente, as falsificações geradas por IA são facilmente detetadas devido a inconsistências de formatação, baixa fidelidade tipográfica ou erros na zona legível por máquina. No entanto, a falsificação de Musielak parecia quase indistinguível de um passaporte legítimo. E embora provavelmente não resistisse a uma análise – por ausência de um chip - provou ser suficiente para contornar os procedimentos “Know Your Client” (KYC) mais básicos. Assim, as plataformas que dependem exclusivamente de envios de documentos de identidade com fotografia e selfies de utilizadores, podem estar especialmente vulneráveis a ataques através da tecnologia “deepfake”. De qualquer forma, poucas horas após a publicação inicial de Musielak, as tentativas de replicar a experiência falharam. A ferramenta de IA utilizada recusou-se a gerar um passaporte falso, alegando protocolos de segurança e restrições à criação de documentos falsificados.

Pedro Clemente foi nomeado, no início de março, presidente da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR). No despacho da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, lê-se que "o Prof. Doutor Pedro José Lopes Clemente evidencia o perfil adequado e demonstrativo da aptidão necessária para o desempenho do cargo em que é investido e para se alcançar os objetivos pretendidos para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, demonstrada pelo respetivo currículo". Pedro Clemente, que foi inspetor nacional da PSP entre 2018 e 2023, é designado em regime de substituição após a exoneração, a pedido, de Rui Ribeiro a 9 de fevereiro. Com 65 anos, o novo presidente da ANSR é superintendente-chefe da PSP e docente universitário, na categoria de professor auxiliar convidado, na Universidade Lusíada em Lisboa. Licenciado em Ciências Policiais, pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, tem Mestrado em Estratégia, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa e doutoramento em Ciência Política também pelo ISCSP. Ingressou na PSP em 1983 como agente provisório e tornou-se superintendente-chefe em 2015.Foi diretor do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, Encarregado de proteção de dados na PSP e Inspetor nacional da PSP. Vastamente publicado, a sua produção científica tem ênfase nas Ciências Políticas, Ciências Policiais, Administração Pública Policial, Criminologia e Ética.

O ministro da Economia defendeu ontem que o nosso país tem uma “oportunidade de ouro” na indústria da Defesa. "Um segmento da economia, vale acima de tudo pela dimensão da procura potencial. E é difícil encontrar outro setor em que essa procura esteja tão assegurada, num longo prazo, com esta materialidade, com esta definição”, disse Pedro Reis, que participou na conferência “Land Defense Industry Day”, organizada pelo Exército. Para o governante, Portugal tem capacidade de afirmação no setor, “diferenciar-se, atrair investimentos externos, atrair talento e desenvolver talento" e, desta forma, "aumentar o valor de sua economia em termos nacionais". Nos trabalhos, que decorreram no Quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, o ministro da Economia advogou que os investimentos na Defesa devem ser independentes de pressões políticas conjunturais. "É um tema que tem capacidade para atravessar ciclos, legislaturas e, se quisermos, ideologias. Temos agora aqui identificada uma estratégia. Portugal pode ser um caso especial nesta matéria. Deixamos essa recomendação a quem ficar com essa responsabilidade após as eleições". Pedro Reis anunciou ainda que a prioridade é, neste momento e em cooperação com o Ministério da Defesa, "lançar um roadmap claro, aberto, com um portal de informação permanentemente atualizado" para as empresas interessadas em investir neste setor, assumindo também a importância de uma "maior agilidade e flexibilidade nas regras de contratualização pública".

António Nunes manifestou a 29 de março, em Vila Viçosa, a sua disponibilidade para recandidatar-se a presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, acompanhado dos vice-presidentes e dos presidentes do Conselho Fiscal e da Mesa do Congresso. A intenção foi manifestada pelo atual Presidente da Liga durante a reunião do Conselho Nacional. Em outubro, aquele organismo reúne-se em congresso para eleger os órgãos sociais para o próximo quadriénio. Entretanto, e na mesma ocasião em que mostrou disponibilidade para a recandidatura, António Nunes anunciou que a Liga dos Bombeiros Portugueses vai avançar com uma iniciativa legislativa popular, com o objetivo de obrigar a Assembleia da República a discutir a situação estrutural dos bombeiros em Portugal. A proposta incidirá sobre matérias consideradas fundamentais, nomeadamente as carreiras e o estatuto remuneratório, o subfinanciamento crónico das associações humanitárias e o estatuto social do bombeiro. Segundo o dirigente, esta ação visa ultrapassar a falta de respostas políticas concretas: «Vamos começar a trabalhar nessa iniciativa legislativa que tem caráter obrigatório de ser discutida em plenário na Assembleia da República», afirmou, frisando que a Liga está determinada a exigir o cumprimento das promessas feitas.

A Diário de Bordo associou-se à Associação Empresarial de Sintra para a realização da 2.ª Conferência “Transição Digital, Cibercrime e Cibersegurança” que hoje teve lugar no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra. Perante uma plateia que encheu a sala, o leque de oradores convidados abordou as múltiplas temáticas relacionadas com o tema, com destaque para as formas como o tecido empresarial pode adotar estratégias de prevenção e proteção contra ataques cibernéticos, de caraterísticas cada vez mais sofisticadas. A relação da Inteligência Artificial com a cibersegurança foi também uma das principais temáticas analisadas durante os trabalhos.

A Polícia Judiciária (PJ), em conjunto com outras Polícias, a Marinha, a Força Aérea e autoridades espanholas, apreendeu um semi-submersível com cerca de 7 toneladas de cocaína, a cerca de 500 milhas dos Açores, com cinco pessoas a bordo — três brasileiros, um espanhol e um colombiano. A operação, denominada “Nautilus” é uma das maiores apreensões de sempre de cocaína vinda da América do Sul com destino a Portugal. Em conferência de imprensa, o diretor da PJ, Luís Neves, afirmou: "Fomo-nos aproximando da Guardia Civil [de Espanha] e dos nossos colegas britânicos para fazer o match. Só se partilha informação com quem se confia. Estamos particularmente satisfeitos enquanto país em fazer parte desta apreensão. Enquanto instituição de luta contra crime organizado, o caso português [de relação com as Forças Armadas] é um estudo de caso de sucesso internacional. Fica uma palavra de profundo reconhecimento à Marinha e Força Aérea, que há anos que participam neste desmantelamento. É uma guerra contra o crime organizado”. Além da PJ, participaram nesta investigação a Marinha e a Força Aérea portuguesas, a Guardia Civil de Espanha, a Drug Enforcement Administration dos Estados Unidos da América e a National Crime Agency do Reino Unido. O inquérito está a ser dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e a investigação está a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ. Esta investigação teve origem em informações partilhadas pela Guardia Civil no Maritime Analysis and Operations Centre -- Narcotics (MAOC-N), que tem sede em Lisboa. Os chefes do Estado-Maior da Armada e da Força Aérea, Jorge Nobre de Sousa e Cartaxo Alves, sublinharam a ideia de que a "relação muito harmoniosa" entre estas instituições do Estado é um caso de estudo, como se comprovou nesta "operação complexa".

A criminalidade geral registou uma descida em Portugal. De acordo com os dados provisórios do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativos a 2024, houve menos 17 mil queixas do que em 2023. Trata-se de um indicador positivo que contrasta com um dado negativo: os dados revelam um aumento da criminalidade grave e violenta, incluindo a juvenil. Houve duas mil ocorrências de crimes praticados por jovens entre os 12 e os 16 anos e sete mil participações de crimes praticados em grupo - episódios como os tumultos que duraram uma semana na Grande Lisboa, depois da morte de Odair Moniz. Para além disso, registaram-se 543 violações no ano passado, a esmagadora maioria de mulheres - é o número mais elevado da última década. Contas feitas, representa um aumento de 10% em relação a 2023. 2024 regista também uma subida nas ocorrências criminais registadas em escolas ou junto aos estabelecimentos de ensino. Mas, por outro lado, crimes graves como a resistência e coação sobre funcionário e ofensa à integridade física grave diminuíram.